A unha é uma das estruturas mais propensas a infeção por fungos, por ser uma estrutura queratinizada e designa-se por onicomicose. Esse facto deve-se a que a principal fonte de alimentação dos fungos é a queratina. Os fungos causadores de micose na unha são dermatófitos, leveduras e filamentosos não dermatófitos. Normalmente transmitem-se de indivíduos com infeção a pessoas saudáveis, mas também de animais para o ser humanos. Existe também a possibilidade de contágio a partir do meio ambiente em que se encontram como saprófitos. No entanto, a condição de saúde do hospedeiro é decisiva para o desenvolvimento de infeção, ou seja, a presença de diabetes, doença oncológica, tratamento prolongado com imunossupressores ou qualquer outra causa que diminua as defesas da pessoa, o risco de infeção é muito maior.
Segundo a localização, a prevalência de onicomicose é maior nas unhas dos pés do que nas mãos e afeta principalmente a primeira unha do pé. Considerando os fatores de risco para o desenvolvimento de fungos na unha, deixamos um conjunto de medidas de prevenção, tais como:
Mantenha as unhas curtas
Não deixe que o comprimento das unhas ultrapasse a ponta dos dedos. Assim, evita a acumulação de sujidade por baixo da unha e diminui o risco de lesões. Tal como preserva a união entre a pele e a unha na sua porção distal.
Utilizar sabonetes ácidos (PH 3-5)
A diminuição do PH da pele diminui a proliferação da flora não saprófita, isto é, aqueles micro-organismos que desequilibram a flora microbiológica fisiológica e provocam infeções.
Usar calçado de pele e meias de fibras naturais
Na altura de escolher o calçado, deve optar por sapatos que são revestidos de pele natural- cabedal, deixando o seu pé “respirar”. Prefira meias eficazes para manter os pés sem humidade, como o algodão ou a lã.
Secar bem os pés e os espaços entre os dedos
Os fungos “adoram” o calor e a humidade. Se transpira muito dos pés ou frequenta ambientes húmidos, seque bem os pés, especialmente entre os dedos. Se necessário troque de meias a meio do dia e pode usar o secador de cabelo, caso não tenha alterações de sensibilidade nos pés.
Desinfetar o corta-unhas após cada utilização
O corta-unhas pode servir como veículo de contágio se tiver sido contaminado por fungos, quer por outra pessoa, quer pelo meios ambiente, pelo que deve ser desinfetado após cada utilização com lixivia ou vinagre de limpeza.
Descontaminar os sapatos e/ou sapatilhas
Quando estiverem húmidos, aplique dentro dos seus sapatos/sapatilhas um pó ou spray antifúngico, para evitar o aparecimento de infeções. Esta estratégia é especialmente importante quando o tempo está quente e após a prática de exercício físico.
Não andar descalço em ambientes públicos de risco
Sempre que estiver numa piscina ou balneário, inclusive quando toma o seu duche, é importante usar chinelos, pois os fungos podem causar micoses e outros problemas de pele.
Evitar remoção de cutículas
Nunca remova as cutículas, pois elas estão lá para atuar como barreira contra as infecções.
Evitar o uso prolongado de vernizes estéticos
O verniz ou as unhas de gel podem levar à acumulação de humidade e calor, favorecendo o crescimento de fungos nas unhas dos pés. Além disso, pode camuflar o fungo, pois, como a unha está coberta de verniz, não se apercebe que a sua aparência está alterada. Assim, o uso destes produtos estéticos não deve exceder 2 a 3 meses no máximo.